Santarém - O Movimento de Luta por Moradia continua aguardando a publicação da relação das famílias que serão contempladas pelos imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal.

Mas há uma suposta irregularidade no processo de cadastro das famílias junto à secretaria de habitação que ocorreu no início do ano passado.

Segundo informações repassadas à nossa reportagem pela líder do Movimento, Margarete Silva, cada vereador da legislação que encerrou em 31 de dezembro de 2012, teria cadastrado pelo menos 20 famílias.

Essa prática fere as regras do programa que diz que os imóveis deverão ser destinados às famílias carentes, com até três salários mínimos ou que sejam provenientes de áreas de risco.

Segundo Margarete, em uma reunião com o então secretário de Habitação, na gestão passada, ficou definido a realização de um novo cadastro, mas que não houvesse indicação política e que todos tivessem o perfil do programa.

A reportagem da Rádio Rural procurou o gerente da Caixa Econômica Federal, na Avenida Borges Leal, Rubson Santana que explicou que a seleção das famílias que irão ocupar os imóveis é de responsabilidade da prefeitura. Segundo ele, acabe á Caixa apenas realizar o sorteio das casas entre os beneficiários indicadas pela gestão pública.

O programa foi lançado em março de 2009. Do total de imóveis construídos, 50% deverão ser destinados às famílias oriundas de ocupações irregulares, áreas de risco e que estejam na linha da pobreza, cuja avaliação deve ser feita pela prefeitura.

Ainda deverão ser reservados 3% dos imóveis para idosos, e mais 3% para deficientes.

Segundo Rubson Santana, o poder público, após ser oficiado pela Caixa sobre o percentual de obras concluídas, que é de 40%, tem até 60 dias para apresentar a relação dos futuros beneficiários. O gerente não soube informar com precisão o percentual de obras já concluídas pela empresa.

Até o fechamento desta matéria a produção do Jornal da Manhã não conseguiu contato com a prefeitura.